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O que é “gastrite nervosa”?

22 de Outubro de 2018 às 13h10

As doenças do estômago costumam provocar muitos incômodos. Dores estomacais, queimação, acidez e refluxo são alguns dos sintomas mais conhecidos de uma gastrite. Mas o que fazer quando a causa desses problemas não é uma inflamação, mas estresse e ansiedade? 

José Eduardo Trevizoli, chefe da Gastroenterologia do Instituto Hospital de Base de Brasília, explica que o termo gastrite nervosa, apesar de ser bem conhecido por todos, não é correto. “Gastrite é um processo inflamatório, então toda vez que você tem uma inflamação no estômago você tem uma gastrite. A gastrite pode ocorrer por diversos motivos, por exemplo, por uma infecção por bactérias, por medicamentos ou por álcool. As pessoas confundem manifestações decorrentes de outras situações que influenciam o funcionamento do aparelho digestivo, como o estresse, e chamam isso de gastrite, mas não é. Se não tem inflamação, não é gastrite”, explica. 

Apesar de existirem várias causas possíveis para as doenças estomacais, algumas delas podem ser provocadas por problemas emocionais. Jéssica Martins, 26 anos, conta que começou a sofrer problemas estomacais quando começou a passar por situações de pressão psicológica. “Minha primeira crise foi quando eu estava estudando para o vestibular. Depois, tive uma segunda crise forte alguns anos depois. Nessa segunda vez eu fiz endoscopia e descobri que era uma gastrite leve, mas que as crises pioravam muito quando eu passava por algo estressante ou ficava ansiosa”, conta.

Os principais cuidados com a alimentação

Trevizoli explica que mesmo nos casos em que essas manifestações de sintomas não se tratem de uma gastrite real, é sempre preciso tomar cuidados com a alimentação. “Todos nós devemos ter atenção com a alimentação, afinal é o nosso combustível. É preciso entender que só pelo sabor ser agradável na boca não significa que eu vou ter a capacidade para digerir aquele alimento. Apesar de não ser o único ponto a ser considerado nesse caso, é importante também”, esclarece

Jéssica Martins ainda conta que a mudança na alimentação foi essencial no tratamento dela. “Quando tive a primeira crise tentei parar de comer as coisas que faziam mal, mas acho que fiquei no máximo dois meses sem comer. Aí na segunda grande crise, em 2015, parei de vez. Desde então, não bebo mais refrigerante, café, evito fritura e comidas muito gordurosas. Também diminui o consumo de chocolate e tenho visto diferenças importantes”, celebra.

Tratamento

Apesar das chamadas “gastrites nervosas” não se tratarem de inflamações no estômago, existem tratamentos para melhorar a situação de quem convive com elas. “Nesse caso, precisamos identificar a causa do problema para oferecer qualidade de vida para a pessoa. Se a causa for alimentar, vamos corrigir o erro alimentar. É importante entender que não são sintomas que desaparecem de um dia para o outro. Nesses casos, podemos trabalhar até mesmo com medicação para aliviar o incômodo. Costumo explicar que é como uma dor de cabeça depois de passar um dia inteiro no sol, você não sofre de uma doença por causa disso mas precisa aliviar aquela dor. Na próxima vez, você usa um chapéu para não ter a dor novamente. Funciona da mesma forma com o tratamento dessas manifestações de sintomas”, exemplifica Trevizoli.

 

Fonte: Blog da Saúde-Ministério da Saúde

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