Mito ou verdade: Câncer de Colo do Útero pode ser prevenido com medidas simples

O câncer de colo do útero é considerado o terceiro mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Causado pelo vírus HPV, a doença pode ser evitada por meio de medidas simples, como o uso da camisinha, a realização do exame Papanicolau e a vacina contra o HPV oferecidaSistema Único de Saúde (SUS). Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre o assunto.

É verdade que o câncer de colo do útero é causado pelo vírus HPV?

Verdade. O câncer de colo do útero é causado por uma infecção persistente na parte inferior do útero, em decorrência da contaminação pelo vírus HPV. Na maioria dos casos a infecção é transitória e regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição ao vírus, mas o acompanhamento médico e tratamento adequado são fundamentais para a prevenção do câncer. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.

Não existe prevenção para o câncer de colo do útero?

Mito. O uso da camisinha em todas as relações sexuais diminui consideravelmente as chances de infecção pelo HPV, vírus causador da doença. Além disso, todas as mulheres com idade acima dos 25 anos e vida sexual ativa devem realizar o exame Papanicolau, que identifica lesões causadas pelo vírus e que podem causar o câncer. O exame é oferecido gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS).

A infecção pelo HPV pode não apresentar sintomas?

Verdade. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, mas a maioria das infecções é considerada assintomática e transitória. Isso significa que tanto homens quanto mulheres podem estar infectados pelo vírus e não desenvolver nenhum tipo de sintoma. Os tipos 16 e 18 do vírus são considerados de maior risco para desenvolvimento do câncer, uma vez que estão presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero. Já os tipos 6 e 11, por exemplo, são responsáveis pelo aparecimento de verrugas genitais.

É verdade que boa parte das pessoas terá contato com o vírus HPV?

Verdade. A infecção pelo vírus HPV é considerada comum. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos do vírus em algum momento da vida e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina em todo o mundo esteja infectada pelo HPV. Por ser sexualmente transmissível, uma das principais formas de prevenção é o uso de camisinha em todas as relações sexuais.

A vacina contra o HPV ajuda na prevenção do câncer de colo do útero?

Verdade. A vacina contra o HPV é utilizada para a proteção contra as infecções causadas pelo vírus e que também estão relacionadas a vários tipos de câncer, entre eles o do colo do útero, boca e garganta. A vacina é altamente eficaz na prevenção de infecções que causam desde verrugas genitais até o câncer. A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde. Devem ser vacinadas todas as meninas com nove, dez e 11 anos de idade, além das mulheres de 14 a 26 anos e que são portadoras de HIV/Aids.

Se eu tomar a vacina contra o HPV não vou precisar usar camisinha?

Mito. Na vida adulta, a vacina contra o vírus não dispensa o uso da camisinha, já que diversas outras doenças também são transmitidas por via sexual. Além disso, a vacina não protege contra todos os tipos do vírus HPV.

Posso ser infectado pelo HPV ao dividir objetos de uso pessoal?

Mito. A contaminação por meio de objetos de uso pessoal, toalhas, compartilhamento de vaso sanitário e piscinas não é comprovada. A transmissão do vírus HPV ocorre pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual genital. Isso significa que o contágio pode ocorrer mesmo sem a penetração vaginal ou anal. Também pode ocorrer a transmissão durante o parto.

É verdade que os homens não desenvolvem doenças relacionadas ao vírus HPV?

Mito. Os homens também desenvolvem doenças causadas pelo vírus HPV. As verrugas genitais são as manifestações mais comuns da infecção, que também pode provocar câncer de pênis e ânus.



Fonte: Secretaria de Saúde de Minas Gerais