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Pediatra revela mitos e verdades sobre a amamentação - leia mais sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno

01 de Agosto de 2019 às 11h20

De 1º a 7 de agosto, comemora-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno. O tema deste 2019 é "Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!”, uma iniciativa que ocorre em 170 países, promovida pela OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

No Brasil, o Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira, 31, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a campanha que busca icentivar o aleitamento materno até os 2 anos de idade e uma série de ações para estimular a prática. A campanha também busca fazer uma reflexão a respeito da amamentação como forma de reduzir as desigualdades sociais e os impactos ambientais. 

 

amamentação2019

Para celebrar a data, a Amagis Saúde republica a entrevista com a pediatra e coordenadora do pronto atendimento pediátrico do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, Juliana Franco. Nela, a especialista esclarece mitos e verdades sobre a amamentação. 

Quem tem ou teve câncer de mama não pode amamentar
Mito e verdade. Quem tem câncer e está em tratamento, não pode amamentar devido à quimioterapia. Já quem teve câncer e está curada pode amamentar normalmente. A amamentação inclusive ajuda a proteger a mulher de um novo câncer de mama.

Mulheres com mamilos planos ou invertidos não conseguem amamentar
Mito. Nesses casos, podemos indicar massagens e uso de bico de silicone. Assim, a mulher conseguirá amamentar sem maiores problemas.

Seios pequenos produzem menos leite
Mito. A produção de leite não depende do tamanho do seio e sim do número de glândulas mamárias, que, normalmente, não variam de acordo com o tamanho do peito.

A mulher não engravida durante o período em que está amamentando
Mito. Mesmo a mulher que está amamentando exclusivamente no peito pode engravidar. O que acontece é que a produção de prolactina bloqueia a ovulação, mas isso não é totalmente confiável.

A mulher que está amamentando não pode usar anticoncepcional
Mito. Existem anticoncepcionais próprios para a mulher que está amamentando. Eles são à base de progesterona e não contêm estrógenos.

A mãe não pode usar nenhum medicamento durante a amamentação
Mito. Existem medicamentos que podem ser usados sem riscos para o bebê, pois não atravessam o epitélio da mama e, assim, não chegam ao leite. É sempre bom consultar o médico ou um banco de leite humano para obter informação atualizada sobre os medicamentos. Exemplos de medicamentos permitidos: adrenalina, amoxicilina, paracetamol, dipirona, ibuprofeno, cefalosporinas, captopril, desloratadina, diclofenaco, omeprazol, ofloxacina, fluoxetina, sertralina e muitos outros.

A produção de leite só começa três dias após o parto
Mito. O leite começa a ser produzido muito antes do parto, já na 20ª semana de gestação. Nos primeiros três dias do pós-parto, a mulher produz colostro em quantidade suficiente para o recém-nascido e, no 3º dia, a produção aumenta muito.

A mãe deve lavar os mamilos sempre antes de cada mamada
Mito. Não há necessidade de lavar os mamilos antes das mamadas. O próprio leite protege o bebê de infecções.

Alimentos como canjica e cerveja preta fazem a mulher produzir mais leite
Mito. Não se deve tomar bebidas alcoólicas durante a amamentação. O que aumenta a produção de leite é a boa hidratação (muita água) e a sucção em livre demanda. A canjica pode aumentar as cólicas dos bebês.

Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe produzirá
Verdade. A sucção aumenta a produção de prolactina e aumenta a produção de leite. Por isso, a mamada em livre demanda é tão importante.

O estado emocional da mãe influencia na produção de leite
Verdade. A mãe que está triste, deprimida e ansiosa pode bloquear a ocitocina, que é responsável pela ejeção de leite. Nesses casos, pode ser necessário dar complemento.

Crianças que mamaram no peito têm um desenvolvimento cognitivo melhor
Mito. Não existe esse tipo de relação, pois o que favorece o desenvolvimento cognitivo é o DHA e ARA (ômegas 3 e 6) e o adequado aporte de ferro.

A amamentação fortalece o sistema imunológico
Verdade. A amamentação transfere para o lactente várias imunoglobulinas que ajudam na imunidade. Além disso, a mulher consegue transferir vários anticorpos seus para o seu bebê.

Mamadeira e chupeta atrapalham o aleitamento materno
Verdade. Nas primeiras duas semanas, pode haver uma confusão de bicos e atrapalhar a amamentação.

Existe leite fraco
Mito. O leite materno é sempre o melhor alimento para o bebê. O que pode ocorrer é que a mãe desnutrida vai produzir um leite com menos gordura, mas, ainda assim, cheio de outros nutrientes ideais.

Criança só deve mamar no peito até os seis meses de vida
Mito. Os bebês podem e devem mamar até os dois anos, mas é muito importante que não se atrase a introdução de outros alimentos para depois dos 6 meses.

A criança que é amamentada exclusivamente no peito tem que beber água
Mito. A criança que está em aleitamento materno exclusivo não precisa de nenhum outro líquido (água ou chás). O leite materno é rico em água e sais minerais.

O leite materno não pode ser congelado
Mito. Podemos congelar o leite materno no congelador por 5 dias e, no freezer, por até 15 dias. Se for pasteurizado, pode ficar congelado por até 6 meses.

É possível fazer relactação
Verdade. É um processo que exige paciência e orientação adequada. Nesse caso, é necessário a ajuda de uma fonoaudióloga ou enfermeira especializada em amamentação.

O sol deixa a pele dos seios mais resistente contra rachaduras
Verdade. É a única preparação realmente eficiente para a proteção das mamas.

O peito da mulher sempre vai rachar
Mito. Há mulheres que não apresentam rachaduras. O segredo é preparar as mamas durante a gravidez com banho de sol e, desde a primeira mamada, promover uma boa pega.

Amamentar deixa os seios flácidos
Mito. O que pode deixar os seios flácidos após a amamentação é o ganho excessivo de peso durante a gravidez.

O tipo de parto interfere na amamentação
Mito. Tanto o parto normal quanto a cesárea possibilitam que a mulher amamente desde o 1º dia de vida do bebê.

A mulher que amamenta emagrece rapidamente
Verdade. O corpo gasta de 700 a 900 calorias para a produção diária de leite. Então, se a mãe mantiver uma dieta balanceada, ela perderá peso mais rapidamente.

A criança deve mamar no peito a cada 3 horas
Mito. Principalmente nos primeiros 3 meses, o bebê deve mamar em livre demanda. É a sucção que vai garantir a produção de leite. Os bebês passam  a mamar a cada 2 ou 3 horas naturalmente, após as duas primeiras semanas.

A mãe que volta ao trabalho após a licença-maternidade precisa parar de amamentar
Mito. Essa mãe pode começar a armazenar o leite materno 15 dias antes da volta ao trabalho e deixar congelado no freezer. Além disso, pode fazer uso do direito de sair uma hora mais cedo do trabalho até o bebê completar seis meses.

Existe uma posição ideal para o bebê mamar
Mito. A posição ideal é a que for mais confortável para a mãe e o bebê e a que possibilitar uma pega correta e boa sucção.

É preciso alternar os seios na amamentação
Mito e verdade. O ideal é que o bebê esvazie as duas mamas para que a produção de leite seja excelente. Se mamar nos dois peitos em uma mesma mamada, ele deve sempre iniciar a próxima mamada do peito em que parou na última para garantir seu esvaziamento. Se for mamar apenas um peito de cada vez, temos que ter o cuidado de saber se está esvaziando completamente essa mama.

As fórmulas atuais são quase tão boas quanto o leite materno
Mito e verdade. Nutricionalmente falando, sim. O que não podemos comparar é o conteúdo imunológico. Além disso, a proteína humana, só presente no leite materno, é a proteína mais indicada para bebês (é a única proteína não alergênica).

Se não amamentou o primeiro bebê, a mulher não conseguirá amamentar o segundo filho
Mito. A mãe que, por algum motivo, não pôde amamentar o primeiro filho, pode e deve tentar amamentar o segundo, pois isso é perfeitamente possível.

 

*O plano de saúde da Amagis conta com profissionais e clínicas especializadas. Acesse o link “Rede Credenciada” no site. A cobertura dos procedimentos segue recomendações da Agência Nacional de Saúde (ANS). 

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