Exames pré-operatórios são essenciais para o sucesso da cirurgia
O risco cirúrgico é uma avaliação do estado geral do paciente na fase pré-operatória. A consulta e os exames solicitados pelo médico permitem a ponderação do risco de complicações antes, durante e após a cirurgia.
A médica cardiologista Kellen Vitorino, do Instituto Avançado do Coração, em Belo Horizonte, explica que o risco cirúrgico segue o mesmo protocolo para qualquer cirurgia e é feito por médico cardiologista ou clínico geral. Por meio de uma entrevista (anamnese) com o paciente, o especialista obtém informações sobre seu histórico médico e faz uma investigação da doença que indicou o procedimento cirúrgico. Quando necessário, são solicitados exames complementares.
O médico só faz a cirurgia mediante avaliação
aprovada e assinada pelo responsável pelo risco cirúrgico
Todas as cirurgias eletivas - aquelas que podem ser agendadas - requerem a realização do risco. Os exames são solicitados de acordo com idade, doenças prévias e uso de medicamentos por parte do paciente. Os mais comuns são eletrocardiograma e testes laboratoriais. A partir daí, avalia-se a necessidade de outros exames para avaliação do risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Quando os testes apresentam alguma alteração, o médico deve tratá-la para que o paciente não corra riscos desnecessários durante o procedimento.
Com base nas informações obtidas na entrevista, no exame clínico e nos testes laboratoriais, o médico assistente e o médico responsável pelo risco, em conjunto com o cirurgião, decidem se a relação risco x benefício é favorável à intervenção cirúrgica.
Exames podem comprovar a presença de diabetes, anemia,
inflamações e infecções
Em alguns casos, a avaliação pré-operatória conclui que o risco de complicações é elevado. Na maior parte das vezes, essas ocorrências estão relacionadas a complicações cardiovasculares. “Essas situações têm natureza abrupta, e o impacto em curto prazo na sobrevida dos pacientes costuma ser independente do prognóstico da doença que motivou o procedimento cirúrgico”, afirma a cardiologista Kellen Vitorino.
Dessa forma, é importante conhecer o prognóstico da doença de base, em especial para os pacientes com alto risco de complicações cardiovasculares no ambiente pré-operatório. A análise criteriosa do risco elevado dessas complicações pode representar uma contraindicação para a realização do procedimento.
De acordo com a especialista, situações como crise hipertensiva, hipotensão, queda da frequência cardíaca e hipoglicemia também podem fazer com que o paciente, mesmo com os exames de risco aprovados, seja impedido de fazer a cirurgia. “Esses casos costumam ocorrer no momento pré-cirúrgico devido ao estresse emocional do paciente, que fica impossibilitado de realizar o procedimento”, conclui a médica.
*O plano de saúde da Amagis conta com profissionais e clínicas especializadas. Acesse o link “Rede Credenciada” no site. A cobertura dos procedimentos segue recomendações da Agência Nacional de Saúde (ANS).