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Conheça mais sobre o Glaucoma e se informe

17 de Abril de 2017 às 16h30

O médico Renato Brasil, oftalmologista especializado em glaucoma, explica, nesta entrevista, o que é o glaucoma, quem ele mais afeta, quais são os sintomas e como são feitos o diagnóstico e o tratamento dessa doença, que é crônica, não curável, e merece bastante atenção pois pode trazer consequências sérias.

glaucoma

O que é o glaucoma?

O glaucoma, principal causa de cegueira irreversível e segunda maior causa de cegueira do mundo, pode ser definido como uma neuropatia óptica crônica, de origem multifatorial. Caracteriza-se pela perda progressiva das fibras nervosas, causando a morte do nervo, estrutura responsável por conectar o olho ao cérebro. Como consequência da morte do nervo, ocorre uma perda crescente de campo visual. Antigamente, acreditava-se que o aumento da pressão intraocular era um fator único e indispensável para o diagnóstico e progressão do glaucoma. Atualmente, apesar de não ser sinônimo de glaucoma, ela continua muito importante, pois ainda é o único fator modificável no tratamento desta afecção.

Quem essa doença afeta?

A prevalência do glaucoma varia enormemente entre os grupos raciais, etários e étnicos. Apesar de poder ocorrer em todas as idades, o glaucoma é uma patologia incomum antes de 40 anos de idade (média de 0,6%).  Em indivíduos de 80 anos ou mais esses números chegam a 7 a 8 % (um aumento de mais de 10 vezes). A prevalência em negros é cerca de 3 vezes maior do que em brancos em todas as faixas etárias. Em pessoas que possuem parentes próximos (pais, irmãos e filhos) com esta doença, as chances aumentam para 15%. Atualmente vários outros fatores e genes estão sendo pesquisados para que os indivíduos que tenham maior chance de desenvolver essa afecção possam ser identificados e tratados precocemente.

 

Quais são os sintomas?

Em uma minoria dos casos (glaucoma agudo), os pacientes apresentam um quadro súbito de dor ocular, olhos vermelhos e baixa de visão. Geralmente, o glaucoma é considerado uma doença silenciosa e traiçoeira, pois não apresenta sintomas. Com o passar dos anos, existe uma perda de campo visual lenta e progressiva que se inicia na periferia e, se nada for feito, atinge a visão central causando cegueira. Para que um indivíduo comece a manifestar alterações de campo visual, pelo menos 30% das fibras nervosas já foram perdidas e, portanto o glaucoma já deve ser considerado como grave. Diante disso, várias pesquisas estão sendo realizadas em busca da identificação precoce do glaucoma, antes que a perda da camada de fibras nervosas se manifeste clinicamente (perda de campo visual).

Como diagnosticar?

Apesar do avanço das novas tecnologias que nos ajudam no diagnóstico precoce do glaucoma, nada substitui um exame clínico oftalmológico de qualidade. Através dele, conseguimos identificar fatores clínicos que sugerem o glaucoma (pressão intraocular elevada, alterações do nervo óptico e camada de fibras nervosas) e fatores associados à história clínica (história familiar, idade, raça). Os pacientes considerados suspeitos são submetidos a exames específicos (clínicos e complementares) que comprovem a perda da camada de fibras nervosas (alterações funcionais e estruturais). O ideal é identificar uma alteração estrutural antes que ela se torne funcional, ou seja, antes que cerca de 30% das fibras nervosas sejam perdidas.

E o tratamento?

Antes de iniciar o tratamento, é imprescindível que o paciente entenda que sua patologia é crônica, não curável, e com conseqüências sérias se não tratada. Enquanto não descobrimos a sua cura, o glaucoma deve ser acompanhado e tratado pelo resto de nossas vidas. O desconhecimento da doença e a elaboração de idéias falsas tendem a gerar ausência de participação do paciente no tratamento, agravando o prognóstico visual.

 

O único fator manipulável no tratamento do glaucoma é a diminuição dos níveis da pressão intraocular. Atualmente, existem medicações (colírios) capazes de diminuir a pressão intraocular através da diminuição da produção do humor aquoso (líquido intraocular) ou através do aumento do escoamento desse líquido. Com o advento dessas novas drogas, a maioria dos pacientes é tratada apenas com colírios. Nos casos em que, apesar do uso das medicações e/ou questões sociais, o glaucoma continua progredindo, é indicada cirurgia (cria-se um novo mecanismo de drenagem: fistulas, implantes de drenagem) com o objetivo de diminuir a pressão. Em vários casos, associa-se o tratamento clínico ao cirúrgico.

 

Dicas:

- O uso indiscriminado de corticóides ou colírios que contenha essa substância pode ocasionar o aumento da pressão intraocular e, consequentemente, o desenvolvimento de glaucoma.

- Faça consultas regulares com o médico oftalmologista

  

* O médico Renato Brasil atende na Clínica Biovisão, que é credenciada à Amagis Saúde

**O plano de saúde da Amagis conta com profissionais e clínicas especializadas. Acesse o link “Rede Credenciada” no site. A cobertura dos procedimentos segue recomendações da Agência Nacional de Saúde (ANS). Os artigos e matérias publicados neste portal tem caráter informativo, não propagandísticos. Nem todos os procedimentos descritos são cobertos pelo plano. A cobertura deve ser verificada antecipadamente com o plano de saúde.

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