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Lúpus: doença silenciosa pode levar à morte

22 de Marco de 2016 às 14h10

Ainda pouco conhecido pelos brasileiros, o lúpus é uma doença de difícil diagnóstico por apresentar sintomas variados, também comuns a outras patologias. Ele  não é contagioso, pois trata-se de uma doença autoimune ocasionada por um desequilíbrio do sistema responsável por defender nosso organismo contra infecções. Dependendo da evolução clínica e dos órgãos acometidos, pode levar à morte.

O lúpus aparece em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são mais acometidas, principalmente as que estão em fase reprodutiva. A doença surge principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em mestiços e negros. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o Brasil ainda não dispõe de números exatos sobre a doença, mas as estimativas indicam que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus, sendo que 90% dos casos são mulheres.

Segundo o médico reumatologista e fisiatra Jomar de Abreu Cunha, conveniado à Amagis Saúde, o lúpus tem uma gama de sintomas de intensidades variáveis. É muito comum que a pessoa apresente cansaço, desânimo, febre, emagrecimento, perda de apetite, baixa produção de urina, queda de cabelo e manchas avermelhadas, principalmente na região do colo, orelhas e nas maçãs do rosto - estas últimas no formato de asa de borboleta. As manifestações podem ocorrer devido à inflamação na pele, articulações (juntas), rins, nervos, cérebro, pulmão e coração. “Esses sintomas podem aparecer progressivamente ou evoluir de forma rápida na medida em que acometem órgãos diferentes”, afirma Cunha.

Os casos mais preocupantes são aqueles em que há comprometimento do coração, cérebro, rins e das plaquetas. Se não identificados ou tratados precocemente, podem levar à morte do paciente.

A causa da doença ainda é desconhecida pelos médicos, entretanto, existem fatores genéticos, hormonais e ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos) que favorecem o surgimento do lúpus, assim como o uso de alguns medicamentos específicos. Não existem estudos que confirmem a relação entre o aparecimento da doença e o estresse, mas o reumatologista afirma que é possível o lúpus dar seus primeiros sinais após períodos de forte tensão e ansiedade.

Diagnóstico e tratamento

É comum o paciente passar por vários especialistas até obter o diagnóstico exato da doença. Por isso, Cunha esclarece que, em primeiro lugar, é fundamental que a pessoa seja submetida a uma minuciosa avaliação clínica. Depois, são solicitados exames detalhados, com marcadores específicos da doença, para se obter o diagnóstico preciso.

A definição do tratamento vai depender das queixas do paciente e das manifestações clínicas, mas os medicamentos existentes hoje conseguem controlar com eficácia a doença e aumentar os períodos de remissão, quando o lúpus fica inativo. Segundo o reumatologista, os medicamentos mais usados são corticoides, anti-inflamatórios, inibidores de imunidade, antimaláricos e os biológicos.

Manter uma dieta equilibrada, evitar o estresse, praticar exercícios físicos indicados, não se expor ao sol e manter o acompanhamento médico são as principais recomendações para os portadores.

Você sabia?

- Recém-nascidos podem apresentar os sintomas da doença.

- A mulher que tem lúpus pode engravidar, mas deve ser acompanhada durante toda a gestação por um reumatologista e um ginecologista.

- A exposição ao sol deve ser evitada, mesmo com o uso de protetor solar, porque aos raios solares desencadeiam sintomas clínicos e agravam a doença.

- Quem tem lúpus deve estar sempre com a vacinação em dia. As vacinas mais importantes são aquelas contra a pneumonia pneumocócica e o vírus da gripe.

- A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) editou uma cartilha com orientações ao paciente. Clique aqui para acessar o site da SBR.

 

*O plano de saúde da Amagis conta com profissionais e clínicas especializadas. Acesse o link “Rede Credenciada” no site. A cobertura dos procedimentos segue recomendações da Agência Nacional de Saúde (ANS). 

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