Redes de apoio garantem uma amamentação saudável e prolongada

Durante este mês é realizada a campanha ‘Agosto Dourado’ que reforça a importância do aleitamento materno para a saúde de mães e bebês

Um tema abordado na campanha é a importância da criação de redes de apoio, fundamentais para que as mães tenham suporte prático e emocional para proporcionar à criança uma amamentação prolongada. 

Essa atenção dada às redes de apoio pode ser explicada não só pela relevância do aleitamento materno para a nutrição das crianças, mas também pela importância da amamentação no fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, com desdobramentos positivos no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança.  

A rede de apoio pode ser formada pelo pai, familiares, amigos e vizinhos, que podem auxiliar as mães nos cuidados com os bebês, bem como em tarefas domésticas, a fim de que elas possam se dedicar mais à amamentação. Profissionais de saúde e especialistas em amamentação também podem integrar esse grupo e ajudar com orientações sobre a pega na hora da criança mamar, posições confortáveis e como superar eventuais dificuldades na amamentação.

À medida em que as mães têm a seu lado pessoas dispostas a escutá-las, compartilhar experiências e encorajá-las a enfrentar os desafios trazidos com a amamentação, a rede de apoio funciona como um importante suporte emocional. Um bom ambiente de trabalho, no qual haja flexibilidade de horários e políticas dedicadas ao aleitamento materno pode ser fundamental para que as crianças tenham uma amamentação prolongada.  

Prevenção

O leite materno é um potente aliado na prevenção de doenças infecciosas, podendo reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis entre crianças menores de cinco anos, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Assim, recomenda-se o aleitamento materno exclusivo por pelo menos seis meses e o complementado de dois a três anos, quando ocorre o desmame natural.

A introdução alimentar é outro ponto que exige atenção da famílias, pois quando feita antes dos seis meses, pode causar complicações como diarreias, doenças respiratórias, desnutrição e redução do período de aleitamento materno, prejudicando a saúde da criança. 

Tipos de aleitamento materno

• Exclusivo: a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte.
• Predominante: o leite materno é a principal forma de nutrição, mas a criança já consome outros líquidos como água, frutas e sucos. Só pode ser realizado a partir dos seis meses.
• Complementado: a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.
• Misto ou parcial: o leite pode ser oferecido em conjunto com outras formas de nutrientes.

Fonte: Revista Decisão