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Tuberculose ainda requer a sua preocupação

31 de Marco de 2016 às 15h02
Conhecida por ser uma infecção bacteriana contagiosa que afeta, principalmente, os pulmões, a Tuberculose é um sério problema de saúde pública no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o país reduziu em 22,8% a incidência de casos novos da doença e em 20,7% a taxa de mortalidade da doença.
 
A médica infectologista Silvana Ricardo, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar - SECIH - da Rede Mater Dei de Saúde, explica que a realidade social do país influencia muito no surgimento de novas ocorrências de Tuberculose. “A falta de acesso a cuidados médicos básicos, comum em países pouco desenvolvidos onde o número de pessoas vivendo em condições sanitárias precárias costuma ser mais alto, é um importante fator de risco para a doença”, explica.
 
A Tuberculose pulmonar é causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela é transmitida pelo ar, por meio de gotículas provenientes de tosse, espirro ou fala da pessoa que está doente. De acordo com a infectologista, ao respirar o ar contaminado, uma pessoa sadia inala as microbactérias que, rapidamente, se instalam nos pulmões. Em poucas semanas, surgirá uma inflamação na região, embora ela ainda não seja um sinal da tuberculose em si. A médica acrescenta que, se a pessoa infectada estiver com o sistema imunológico saudável, a bactéria provavelmente não causará a doença, permanecendo em estado latente dentro do organismo. Por outro lado, se em algum momento da vida, a pessoa tiver uma queda da imunidade, diminuindo sua resistência contra infecções, o bacilo poderá entrar em atividade e vir a causar os sinais e sintomas típicos da tuberculose. A doença se manifesta comumente com tosse intensa e contínua, falta de apetite, emagrecimento e suor noturno acompanhado de febre baixa.
 
A prevenção ainda é a melhor maneira de combater a Tuberculose. Melhorar as condições de vida da população, como saneamento e moradia, manter hábitos de higiene e se alimentar de maneira saudável diminuem consideravelmente as chances de desenvolver a doença. Silvana ainda afirma que o diagnóstico precoce, ou seja, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é de extrema importância. “Fatores como tabagismo, algumas condições médicas que reduzem a imunidade do indivíduo e até mesmo a idade (como crianças pequenas e idosos) devem alertar médicos e pacientes quanto ao risco aumentado de tuberculose pulmonar. Se a doença for identificada precocemente as chances de recuperação dessas pessoas são bem mais altas”, esclarece a médica.
 
Mater Dei e o combate à tuberculose
A Rede Mater Dei de Saúde segue as recomendações do Ministério da Saúde para o controle da Tuberculose, visando proteger tanto os pacientes do hospital, como os profissionais de saúde.
 
Nos prontos-socorros da Rede, o paciente suspeito de tuberculose pulmonar é encaminhado, desde a sua chagada, para uma sala de atendimento com estrutura especial para isolamento respiratório, equipada com pressão negativa e filtros absolutos de ar. Além disso, todo o atendimento é priorizado para garantir que o tempo de permanência do paciente no setor seja o menor possível, agilizando a sua avaliação e a sua pronta internação, se indicada. Nas unidades de internação e nos CTIs os pacientes também são acomodados em ambientes especiais, equipados com os mesmos dispositivos.
 
A coordenadora do SECIH, Silvana, atenta para algumas recomendações que são essenciais quando se trata da tuberculose. Confira:
 
  • Não suspenda o uso da medicação antes do prazo previsto. Se você começar a tomar os remédios e parar no meio do caminho, poderá ocorrer emergência de bacilos resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil ser curado.
     
  • Lembre-se de que desnutrição, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e de medicação imunossupressora aumentam o risco de contrair a doença.
     
  • A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. Familiares e pessoas próximas aos infectados devem evitar permanecer no mesmo local que o doente com tuberculose e recomenda-se que o paciente use continuamente a máscara respiratória e lenços de papel descartável sempre que tossir ou espirrar durante a fase inicial da doença.
     
  • A vacina BCG contra a tuberculose é obrigatória para todas as crianças e deve ser feita a partir do nascimento na própria maternidade. Quando isso não é possível pode ser aplicada em qualquer idade após o primeiro mês de vida, e é indicado fazer isso o mais cedo possível.   Esta vacina não impede a infecção nem o desenvolvimento da doença, mas impede as formas mais graves. Essa vacina não é recomendada rotineiramente para adultos.

Fonte: Hospital Mater Dei

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